NOTICIAS

IFSP está na final do 1º Hackathon da Receita Federal  – IFSP

Três equipes formadas por estudantes do IFSP estão entre as finalistas do 1º Hackathon da Receita Federal, que premiará nesta quinta-feira, 5 de junho, as melhores soluções de reaproveitamento criativo de cigarros eletrônicos apreendidos. Acompanhe a cerimônia de premiação a partir das 14h aqui.  

A maratona de inovação voltada ao desenvolvimento de soluções tecnológicas e sustentáveis para reutilização de mercadorias apreendidas foi realizada entre os dias 30 de maio e 1º de junho em seis polos no estado de São Paulo: Bauru, Campinas, São Carlos, São José dos Campos, São Paulo e Sorocaba. 

Os participantes tiveram 48 horas para desenvolver soluções criativas e escaláveis a fim de reaproveitar cigarros eletrônicos e transformá-los em projetos com impacto social e ambiental positivo. 

No total, a maratona contou com 338 participantes de 73 equipes. As três melhores equipes  avaliadas em cada um dos seis polos, ou seja, 18 equipes, seguiram para a fase final da competição, cujos vencedores serão anunciados nesta quinta-feira.  

Conheça os projetos do IFSP: 

Estação Pessoal de Saúde 

A equipe “Os Sonhadores do 4º Eletro” foi classificada em primeiro lugar pelo Polo Sorocaba com o projeto “Estação Pessoal de Saúde”, que visa atender diversas cidades brasileiras por meio do reaproveitamento de cigarros eletrônicos e vapes, promovendo saúde e sustentabilidade.  

Foi desenvolvido um produto ecológico de baixo custo capaz de auxiliar no monitoramento e tratamento de pacientes. A ideia tem como princípio reciclar todas as peças dos cigarros, descartando apenas a essência de nicotina, seguindo as normas de descarte adequadas, além da carcaça que poderá ser reutilizada para a produção de outros equipamentos hospitalares.  

Utilizando tecnologias consolidadas no mercado, como o microcontrolador Arduino, e com alguns sensores já utilizados na área da medicina, a equipe criou um produto de grande viabilidade e acessível, com funções de inalação, medição de temperatura, aferição da saturação e da frequência cardíaca. 

A equipe é formada por Erick Marcelo dos Santos Paes, Guilherme Henrique Pinheiro, Leonardo Henrique Cassillo, Murilo de Souza Ginez e Pedro Medeiros Souza.  

Saiba mais sobre o projeto aqui.  

 

Ducha Cidadã 

O projeto “Ducha Cidadã”, desenvolvido pelo grupo RenoVape do Campus Boituva, foi o segundo colocado do Polo Sorocaba.  

Formada pelos servidores Daniel Cintra Cugler, Felipe Augusto Ferreira de Almeida, Felipe Gobo Bruno e José Carlos Fonseca Filho, e pelos alunos Jhonatan Gonsalves da Silva Oliveira, do curso Técnico em Redes de Computadores Integrado ao Ensino Médio, e Miguel Santos de Melo, do curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, a equipe apresentou uma ducha portátil para banho que reutiliza componentes de cigarros eletrônicos apreendidos pela Receita Federal. 

Entre os destaques do reaproveitamento estão: as resistências dos atomizadores foram utilizadas para o aquecimento da água, fixadas em suportes criados com impressão 3D; 

um banco de baterias reaproveitadas garante a alimentação das resistências, permitindo o uso da ducha mesmo em locais sem acesso à rede elétrica; para iluminar ambientes sem energia, o cartucho dos cigarros eletrônicos foi transformado em um globo difusor, com LED de alto brilho, anéis de vedação e a carcaça original do atomizador; o reservatório de água foi confeccionado com lonas de banners reutilizadas, e recebeu uma alça feita com partes da carcaça dos dispositivos; e o bocal do cigarro eletrônico foi adaptado para acoplar a mangueira da ducha ao reservatório. 

A Ducha Cidadã vai além de um projeto tecnológico: é uma proposta social, sustentável e engenhosa que mostra como a educação pública pode ser protagonista em soluções inovadoras para os desafios contemporâneos.  

Saiba mais sobre o projeto aqui.  

 

Reaproveitamento 

A proposta da IFSPower foi transformar os componentes dos vapes em novos produtos úteis. O projeto contemplou o reaproveitamento de todos os elementos dos dispositivos, desde a essência até as baterias e foi classificado em terceiro lugar pelo Polo São Paulo. 

Para os algodões embebidos em nicotina, os alunos sugeriram um processo de lavagem seguido de destinação para indústrias de telhas, drywall e estruturas metálicas que utilizam isolantes térmicos. Como os compostos químicos da essência são solúveis em água, a lavagem seria suficiente para remover a nicotina. No entanto, para evitar o descarte inadequado da água contaminada, o grupo propôs o uso de destilação fracionada, separando nicotina, glicerina e propilenoglicol — cada um com ponto de ebulição distinto. Assim, a água poderia ser reutilizada no próprio processo, enquanto os compostos extraídos seriam destinados a outras indústrias: a nicotina como insumo agrícola, e a glicerina e o glicol para os setores cosmético e farmacêutico. 

As baterias dos vapes seriam reaproveitadas na construção de bancos de baterias de 33,3 volts, capazes de alimentar refletores LED de 50W. Essa solução visa levar iluminação a regiões isoladas do Brasil, com aplicação tanto interna quanto externa. 

Além disso, o plástico dos dispositivos poderia ser triturado e transformado em filamentos para impressoras 3D, enquanto os metais, se corretamente destinados, poderiam gerar uma receita estimada em R$ 22 mil, considerando o total de vapes apreendidos no último ano. Esse valor ajudaria a reduzir os custos de todo o processo. 

A equipe IFSPower é composta pelos estudantes Bruno Roverelli de Freitas, Ederson Barbosa de Lira, Edmilson de Sousa Silva, Lucas Eduardo Madeira Silva, Pedro Henrique Farias Santos e Vitor Yan Taveiros Gomes.  

Saiba mais sobre o projeto aqui. 

 

Inaladores e umidificadores 

A equipe CEPIN Solutions, formada por estudantes do curso Técnico em Eletrônica integrado ao ensino médio do Campus Campinas do IFSP, apresentou uma proposta de transformação de vapes apreendidos em dispositivos funcionais como inaladores ou umidificadores.  

O projeto aproveita componentes principais dos cigarros eletrônicos, como a bateria e o sistema de vaporização, evitando o descarte inadequado desses materiais e promovendo um uso alternativo com potencial benefício à saúde e ao meio ambiente.  

Segundo o aluno Kennedy dos Santos Pacheco, participar do primeiro hackathon foi como uma mistura de nervosismo e empolgação: “foi muito gratificante poder participar junto com meus colegas, durante estes dias do Hackaton, erramos algumas coisas e aprendemos outras, buscando melhorar e nos esforçando para entregar o proposto da melhor forma possível. Nesse período, tivemos uma lição de empatia e evolução em grupo. Sou muito grato ao professor Edson pela oportunidade e pelo apoio”.  

Além de Kennedy, a equipe é formada pelos estudantes: Vitor Santos de Oliveira, Samuel Lellis de Godoy Gonçalves, Julia Soares Menezes, Miguel Costa Borges de Lima e Julia Teixeira Ziroldo.  

Saiba mais sobre o projeto aqui.