O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) fechou a primeira operação do Brasil com o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB).
O contrato de captação, no valor de US$ 30 milhões, cerca de R$ 150 milhões, permite que empresas mineiras possam financiar projetos de geração de energia renovável ou negócios que tenham conectividade com a Ásia, em especial os de infraestrutura.
O limite de crédito do BDMG já aprovado com o Banco Asiático é de US$ 100 milhões.
Apenas em dezembro o BDMG já recebeu sinal verde para a captação de cerca de R$ 1,3 bilhão com instituições financeiras internacionais. Além do contrato com o Banco Asiático, foi assinado acordo com o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), no valor de US$ 34 milhões, cerca de R$ 170 milhões.
Além disso, o banco foi autorizado pela Comissão de Financiamento Externo (Cofiex), do Governo Federal, a captar até US$ 100 milhões, cerca de R$ 500 milhões, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com o aval da União.
Por fim, houve a aprovação do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para um contrato de US$ 100 milhões, cerca de R$ 500 milhões. Esses recursos poderão ser convertidos em financiamentos a empresas e municípios de todos os portes em Minas nos próximos anos.
“Ser a primeira instituição financeira brasileira e da América Latina a assinar um contrato com o Banco Asiático mostra o potencial do BDMG em relação às captações internacionais, sempre buscando novos parceiros. Além disso, as operações com conectividade com a Ásia promovem também a pauta de internacionalização e fomento à indústria mineira, uma vez que a Ásia é o principal parceiro brasileiro no comércio internacional e também na economia de Minas”, afirma o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto.
O contrato com o AIIB prevê que, com os recursos, o BDMG oferte crédito competitivo com prazos ampliados.
Para serem financiadas, as empresas devem aplicar o crédito em bens públicos globais, com foco na geração de energia renovável, ou que melhorem, apoiem e diversifiquem o comércio e conectividade com a Ásia, como a construção de centros de distribuição, portos secos e outras iniciativas relacionadas à infraestrutura.
Além dos recursos para financiar projetos em Minas, a parceria com o Banco Asiático prevê que o banco mineiro vai receber, como recurso não reembolsável, US$ 1 milhão, cerca de R$ 5 milhões, para investir no aprimoramento do sistema de monitoramento e gestão socioambiental.
O recurso foi viabilizado pelo Centro de Cooperação Multilateral para o Financiamento, fundo formado por diversas instituições financeiras internacionais e é a primeira doação aprovada a um banco na América Latina.
“Essa cooperação técnica será importante para que o BDMG desenvolva ainda mais sua atuação na pauta sustentável, medindo emissões, identificando impacto de projetos financiados”, completou o presidente do BDMG.
Histórico da negociação
De forma pioneira, as negociações entre o BDMG e o Banco Asiático foram iniciadas em 2020, antes mesmo de o Brasil se tornar formalmente sócio da instituição, em 2021.
O Banco Asiático foi fundado em 2015 com o objetivo de financiar projetos em países em desenvolvimento, com foco na Ásia. São cerca de cem membros atualmente, incluindo Alemanha, França, Austrália, Reino Unido e Suíça. Da América Latina, além do Brasil, também são sócios a Argentina, Equador, Uruguai, Peru e Chile. A sede do Banco Asiático é em Pequim, na China.
Atualmente, estão no foco da instituição temas como mudança climática e economia verde, conexão da Ásia com o resto do mundo e acesso à tecnologia.
Fonplata e municípios
O BDMG também assinou neste mês contrato de US$ 34 milhões, cerca de R$ 170 milhões, com o Fonplata, banco de desenvolvimento formado por cinco países: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Os recursos serão direcionados para financiar os municípios mineiros.
Com prazo total de oito anos, sendo dois de carência, esses recursos permitirão ao BDMG oferecer crédito em condições especiais para os municípios mineiros investirem em projetos ambientalmente sustentáveis, reforçando o papel do banco de ser indutor do desenvolvimento regional de Minas. Também poderá ser financiada a aquisição de máquinas, bens e serviços.
Essa é a segunda operação entre o BDMG e o Fonplata. A primeira foi em 2020, quando o BDMG foi o primeiro banco público brasileiro a concretizar a captação de recursos com o fundo, reforçando a parceria entre as instituições.
O BDMG tem buscado diversificar seus fundings, ampliando suas parcerias com instituições financeiras internacionais. A estratégia é reduzir os custos das captações para ofertar crédito mais barato e com prazos maiores.
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