Campo Grande está cada dia mais se transformando em uma potência e despertado o interesse de investimento estrangeiro. A Rota Bioceânica já é realidade e mesmo países, que não integram o corredor, veem na iniciativa potencial de investimento e relações futuras. É o caso do Governo de Québec, do Canadá, que esteve nesta semana em Campo Grande e ficou impressionado com as potencialidades que a Capital oferece.
“Queremos agradecer a hospitalidade e dizer que viemos em missão a Campo Grande, sobretudo em um viés que tocava ensino superior, língua francesa e também capacitação e mobilidade internacional de trabalhadores e mão de obra entre o Brasil e Québec. O encontro com a Prefeitura foi fundamental para estreitar as relações, que já vem acontecendo, entre o governo do Québec, a Cidade de Campo Grande e o Governo do Mato Grosso do Sul. Ficamos muito impressionados e interessados nas iniciativas como a Expogrande e vamos retornar para o evento. Estamos curiosos e ansiosos para conhecer melhor os avanços da Rota Bioceânica, passando aqui por Campo Grande”, disse Rafael Baldrighi, adido para assuntos públicos, culturais e educacionais.
O Brasil é oitavo maior parceiro econômico mundial do Québec e primeiro na América do Sul. Em 2022, as trocas comerciais entre Brasil e Canadá totalizaram 10,56 bilhões de dólares, puxadas pela compra de fertilizante em função do conflito Rússia-Ucrânia. O Québec foi responsável por cerca de 2,9 bilhões de dólares. Os setores econômicos de interesse comum entre os dois países incluem energia, ciências da vida, tecnologias de informação e comunicação, transporte, defesa/segurança pública, indústrias criativas, construção/ infraestrutura e agricultura.
“O Québec assim como Campo Grande possui uma economia dinâmica, com caráter inovador e com grande potencial de crescimento. Já identificamos algumas sinergias em comum entre as localidades, por exemplo, mobilidade urbana, energias limpas e renováveis, além do desenvolvimento de tecnologias que podem ser aplicadas na segurança e no agronegócio”, diz o gerente de fomento ao Comércio Exterior, Paulo César Fialho.
Para o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, ainda há que considerar que o Canadá um destino estratégico para empresários que desejem estabelecer presença na América do Norte. “O Québec possui custos de vida operacionais competitivos, inúmeros incentivos, acesso direto aos principais mercados mundiais e mão de obra altamente qualificada. O ecossistema de inovação quebequense é destaque global em inteligência artificial, videogames, efeitos visuais e animação, entre outros”, pontua.
Já a prefeita Adriane Lopes destaca que Campo Grande tem potencial econômico, turístico, científico e também os serviços que aqui são ofertados. “A partir dessa visita já temos confirmado o retorno do Governo de Québec para a Expogrande, e com certeza, novos negócios vão surgir. A Prefeitura tem trabalhado dia a dia para desburocratizar processos e legislações, e fazer com que novos empresários venham para cá, além de fortalecer os empresários que já estão na cidade, tendo em vista que Campo Grande oportuniza novas transações de mercado”, afirma.
Com cerca de 900 mil habitantes, Campo Grande ocupa hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a 17ª posição entre as capitais mais populosas do país. É uma das capitais mais seguras no ranking Smart Cities; recebeu por cinco anos consecutivos o selo Cidade Árvore, sendo a capital com menor taxa de desocupação – 2,6%.
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