Em Miami, nos Estados Unidos, a candidatura conjunta Rio-Niterói fez sua primeira apresentação oficial para a Panam Sports na disputa com Assunção, capital do Paraguai, pela sede dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2031. Durante 20 minutos, a delegação explicou os principais pontos do projeto brasileiro para os 20 membros do Comitê Executivo da entidade continental.
– O mais importante nesse primeiro contato foi demonstrarmos nossa paixão pelos Jogos, o quanto estamos preparados e todo o apoio que já recebemos dos atletas, da sociedade e dos órgãos governamentais. Além disso, reforçamos o compromisso de que estes sejam os Jogos das Américas e, unidos aos países participantes, façamos dessa edição comemorativa de 80 anos o maior Pan-Americano da história – destacou o vice-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Cavaliere, que representou o prefeito Eduardo Paes.
Em seu discurso, Cavaliere mostrou dois pontos fortes da candidatura: a saúde financeira tanto de Rio de Janeiro quanto Niterói e a solidez do apoio institucional dos três níveis de governo: municipal, estadual e federal. O vice-prefeito do Rio de Janeiro ainda lembrou os benefícios que os eventos esportivos já deixaram para a vida dos cidadãos ao citar um estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre o legado dos Jogos Olímpicos de 2016, que movimentaram cerca de R$ 100 bilhões na economia do Rio, geraram R$ 51,2 bilhões no PIB, R$ 5,3 bilhões em impostos e criaram quase meio milhão de empregos. Além de ter deixado uma zona portuária revitalizada, um novo sistema de transporte com BRTs, metrô e VLTs, e arenas olímpicas que hoje são escolas, parques e centros de cultura.
A vice-prefeita de Niterói, medalhista olímpica da vela e presidente da Comissão de Atletas da Panam Sports, Isabel Swan, representando o prefeito Rodrigo Neves, fez o detalhamento técnico do dossiê. Em aproximadamente dez minutos, ela ressaltou vários aspectos como alguns dos pilares da candidatura: fazer com que Rio e Niterói se transformem em um celeiro de atletas, estabelecer uma política robusta de apoio à qualificação de profissionais do setor esportivo e assegurar que o legado dos eventos esportivos reverbere por todo o continente americano e no mundo.
– Uma candidatura que vem pensando em um legado para os profissionais do Esporte, para os atletas, uma vez que temos 80% das instalações esportivas prontas. Fortalecendo o esporte nas Américas, que é um de nossos objetivos principais – frisou a vice-prefeita de Niterói.
O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco La Porta, relembrou, em seu discurso, que o Brasil sempre abraçou os valores pan-americanos. E que todos no país acreditam no poder do esporte para transformar vidas e construir pontes entre as nações. E que essa visão foi construída com os legados deixados pelos vários grandes eventos internacionais realizados com sucesso ao longo dos anos.
– O Comitê Olímpico do Brasil tem muita confiança neste projeto. O Brasil tem um legado de instalações prontas, de gestores prontos e pode entregar Jogos de muita qualidade. Podem esperar aquilo que o Brasil sempre entregou em grandes eventos: muita alegria, muita vontade de receber a todos e estruturas capazes de fornecer todas as condições para os atletas fazerem o seu melhor – disse o presidente do COB.
Durante a reunião, a Panam Sports informou que a eleição da cidade-sede dos Jogos de 2031 foi transferida do mês de agosto para outubro. A data e o local ainda vão ser definidos.
Integrante da delegação brasileira, o secretário municipal de Esportes do Rio de Janeiro, Guilherme Schleder, disse que a mudança de data da escolha da sede não vai interferir no projeto Rio-Niterói. Ele contou que, inclusive, poderá ajudar a candidatura.
– Um tempo maior até a eleição vai nos permitir explicar ainda mais o nosso projeto a toda a comunidade esportiva das Américas. Mostrar a todos que a nossa candidatura tem a melhor proposta para fazermos grande Jogos Pan-Americanos e Jogos Parapan-Americanos em 2031 – afirmou o secretário municipal de Esportes do Rio de Janeiro.