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SP fecha 2023 com mais de R$ 200 milhões em créditos concedidos ao agronegócio





Investimentos pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista beneficia 767 projetos, incluindo aqueles voltados à sustentabilidade no campo



O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, concedeu R$ 205 milhões em linhas de crédito para produtores rurais ao longo de 2023.

O recurso é disponibilizado pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), um dos principais mecanismos da gestão estadual para fomentar e viabilizar projetos voltados à produção agropecuária no estado.

Ao todo, 767 projetos foram contemplados. As linhas possuem finalidades diversas: a modalidade Pró-Trator, por exemplo, concede crédito para a aquisição de maquinário.

“O impacto vai ser muito grande, vai dar uma alavancada na minha produção. Com os juros, essa máquina custaria uns R$ 250 mil no mercado. Dá pra dizer que, só em juros, eu estou economizando uns R$ 70 mil”, afirma o produtor rural Carlos Alberto de Araújo.

Araújo é um dos produtores que acessaram a linha de crédito em 2023. Graças à iniciativa, ele conseguiu comprar o primeiro trator para sua fazenda, que há mais de dez anos produz laranja em Caconde, no interior paulista.

A linha de crédito oferecida possibilita que o produtor pague o financiamento da máquina em prazo de até oito anos, a juros zero, além de seguro garantido por um ano.

Outra frente de atuação do FEAP é o financiamento a projetos ligados à sustentabilidade no campo, por meio da linha Desenvolvimento Rural Sustentável Paulista. Somente nesta modalidade, foram 237 produtores contemplados, com um recurso total de R$ 31 milhões.

Um dos exemplos é o caso da granja de frangos São Judas Tadeu, em Pedreira, na região de Campinas. O produtor João Pedro Vicentini gastava, por mês, aproximadamente R$ 5 mil somente com energia elétrica. Após a instalação de placas fotovoltaicas para captação de energia solar, adquiridas graças à captação de R$200 mil com a linha de crédito, a propriedade se tornou autossuficiente em energia, gerando uma economia de R$ 60 mil por ano.

Com a energia solar produzida, ele não precisa pagar pela energia elétrica necessária para o funcionamento da grana. Ou seja, em pouco mais de três anos, o investimento estará pago. “Em vez de pagar a energia, vamos pagar o financiamento. Depois, esse dinheiro vai se tornar lucro. Então, para a gente é um baita de um investimento”, afirma o produtor.

Em 2023, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento ainda concedeu crédito emergencial a produtores e pescadores atingidos por eventos climáticos extremos no litoral do estado e também no Vale do Ribeira.

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