Uma mulher zoa com um amigo apontando umas vacas em um rodeio e dizendo ser a família dele. O amigo da ex dele vê o story da cena e vai tirar satisfação. A mulher diz algo como: “eita, a carapuça serviu?”. Ele então decide que a conversa não deve ser mantida no WhatsApp entre os dois e expõe a print do papo em seus stories. Já deu nó no seu cérebro?
Só que Bil já fez mais do que qualquer brasileiro vivo (acho que morto também) e participou também de A Fazenda. Lá conheceu Erika Schneider, com quem namorou. Ambos eram colegas de confinamento de Rico Melquíades.
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Rico não curtiu o jeito de Sarah brincar, confrontou, não gostou da resposta, expôs e ainda fez vídeo falando que a culpa pelos términos do casal era de Bil. Sarah ficou chateada, fez vídeo, disse que não quis dizer nada daquilo, que gosta de todos, que é jovem, que vai em festas e que tem liberdade para brincar.
A internet, que não tinha muito o que fazer, ficou torcendo para Erika entrar no embate e colocar “Sarah em seu lugar”. Nem ela nem o Bil falaram sobre o assunto.
Carapuça serve para todo mundo
Quando Sarah indaga Rico sobre a carapuça ter servido após o relato do incômodo, todo mundo poderia vestir mesmo. Vai dizer que você nunca deu uma surtada com algum story de alguma pessoa aleatória, achando que a indireta sobre sabe-se lá o quê era para você ou para um amigo seu?
Tem mais: a galera se irrita tanto scrollando feed e passando stories para o lado que nem sabe mais por que está irritado. Depois de meia hora lá, gastando a impressão digital na tela, você para e pensa: por que será que estou tão mal humorado? E aposto que não lembra.
Rede social é um fenômeno relativamente recente (tem cerca de 10 anos que a gente anda por aí com a vida dos outros no bolso). Mas é tão incorporado na rotina, que nem podemos mais lembrar como era quando a gente não via a fofoca ao vivo, tinha que esperar alguém telefonar no dia seguinte e dizer “Você não sabe o que a Sarah falou para o Bil no rodeio, menina.” Irritava também, mas era menor a oferta. Às vezes nem tinha ninguém escutando para passar para frente, imagina que bênção.
Vale esclarecer para os mais jovens: tinha um tempo em que nem existia print. A gente falava o que queria e ninguém podia provar ou expor.
Se Sarah falou na maldade, se Bil é parente dos bois mesmo, se Erika se ofendeu com a situação, se Rico precisava mesmo defendê-la… quem sabe? A questão é que se levantarmos a cabeça do celular e olharmos a vida ali fora, podemos passar menos nervoso à toa. Pode ser que na vida real haja uma vida animada, amigos mais legais, gente do bem, festas divertidas (não só para quem é jovem, imagina só).
Tem treta que não vale a treta. Ou vale falar dela só para não correr o risco de cair em uma armadilha igualzinha na próxima meia hora, quando estiver scrollando a timeline freneticamente. É bom se proteger. Tem piada ruim que não vale a tensão que causa.
Você pode discordar de mim (não falei que está todo mundo sujeito a passar nervoso por lá?).